25 de ago. de 2013

Rita Hayworth - a sensualidade dos anos 40

Ela nasceu Margarita Carmen Cansino, em 17 de outubro de 1918, Nova Iorque, filha de profissionais de dança flamenca - Eduardo Cansino e Volga Hayworth. Seu pai queria que ela seguisse a tradição da família. Sua mãe sonhava em vê-la atriz. Seu avô paterno, Antonio Cansino, maior expoente da dança clássica espanhola, com uma escola de dança em Madrid, mundialmente conhecida, foi quem iniciou a pequena Margarita na dança, aos 3 anos e meio. Ela não gostava, mas não tinha coragem de contar ao pai. E seguiu carreira na dança estudando por vários anos, e diariamente, no Carnegie Hall.

Junto com sua família, aos 8 anos de idade, mudou-se para Hollywood, onde seus pais montaram sua própria escola de dança, que chegou a ter alguns alunos famosos. Mas em virtude da Grande Depressão nos EUA, com a economia difícil no país, quem iria frequentar querer aulas de dança? O negócio faliu.

Quando um sócio do sobrinho de Cansino quebrou a perna em meio a temporada de um musical que participava, Volga sugeriu ao marido que a jovem Margarita ocupasse a vaga. Daí veio a ideia de Eduardo fazer parceria com a filha no número de vaudeville que ele possuía chamado The Dancing Cansinos. Mas como a jovem não tinha idade suficiente para trabalhar na noite, passaram a se apresentar na fronteira, no inicio dos anos 30, onde puderam se apresentar em bares como Foreign Club e Caliente Club. E foi nesse último, em 1935, que Rita foi descoberta pelo diretor da Fox Film. Uma semana depois, ela já rumava para Hollywood para a realização de testes na Fox, o que lhe garantiu um contrato. De Margarita, passou a usar o nome profissional de Rita Cansino.

Durante seu período na Fox, Rita apareceu em uns poucos filmes em papéis sem importância, nem memoráveis. E ao término do seu contrato de 6 meses, o produtor executivo da Fox não se interessou em renovar o contrato. Para Rita, tornar-se atriz era uma meio de ganhar a vida. Seu negócio, na verdade, era ser dançarina. 

Em 1937, Rita, já com 18 anos, casou-se com seu empresário Edward Judson, que tinha o dobro de sua idade. Mesmo ela tendo sido abandonada pela Fox, Judson conseguiu para ela vários papéis em filmes independentes e, finalmente, conseguiu marcar um teste com a Columbia Pictures, onde assinou um longo contrato, mas ficou fazendo papéis inexpressivos. 

Após uma transformação no look, passou a adotar os cabelos ruivos e nome de solteira da mãe. Assim nasceu, para as telonas, Rita Hayworth, que ainda não havia engrenado na carreira. Até quem dia,  ela conseguiu um pequeno papel no filme Paraíso Infernal, que foi um grande sucesso de bilheteria. A partir daí, Cohn (chefão da Columbia) passou a ver Rita como sua primeira grande estrela.

Em 1940, Rita estrelou os filmes Melodias do Meu Coração (Music in My Heart), Protegida do Papai (The Lady In Quenstion) e Anjos da Broadway(Angels Over Broadway). Mas sua sorte só começou realmente a mudar quando foi emprestada à MGM para fazer o terceiro papel feminino de Uma Mulher Original (Susan and God, 1940).

Em 1941,  seu sucesso na Warner Bros. levou-a a ser emprestada à Fox para interpretar Doña Sol, na superprodução Sangue e Areia (Blood and Sand). Este filme lançou-a como o símbolo sexual por excelência de toda aquela década.
Nos anos que se seguiram, Rita brilhou em musicais da Columbia  firmando-se como uma das maiores dançarinas das telas e a maior estrela romântica dos anos 1940. Porém, a chegada do sucesso profissional coincidiu com a crise em seu casamento, que acabou em divórcio em 1942.
A fama de maior estrela da década, e de uma das mulheres mais desejadas e famosas do mundo, consolidou-se ao estrelar, no auge de sua beleza, o clássico Gilda, 1946, de Charles Vidor, ao lado de Glenn Ford, com quem já atuara antes em Protegida do Papai (The Lady in Question, 1940), também de Vidor. O marcante, ainda que brevíssimo, striptease de Rita (na verdade o striptease é sugerido pois ela tira apenas a comprida luva de um dos braços) e a bofetada que ela recebe de Ford, ajudaram a engrossar a enorme bilheteria que o filme recebeu em todo o mundo.
Gilda, o filme mais importante de sua carreira, também marcou o início de seu lento declínio em Hollywood. Assim como na frase precisa da campanha publicitária, "nunca houve uma mulher como Gilda", assim também, nunca mais Rita conseguiu repetir esse êxito, apesar de ter continuado a trabalhar em produções de sucesso.
Com Orson Welles, com quem se casou em 1943, Rita estrelou A Dama de Xangai (The Lady from Shanghai, 1948). O filme não agradou, nem aos fãs, nem à crítica, em parte porque Welles pediu-lhe que cortasse o cabelo e o pintasse de louro, além de matar sua personagem no final. 

Seguiu fazendo outros vários filmes, incluindo na Europa, mas seus dias de glória e sua época já eram coisa do passado. E seu último filme foi  A Ira Divina (The Wrath of God, 1972), ao lado de Robert Mitchum, coincidentemente, um filme de faroeste, como seu primeiro trabalho.
Rita casou-se 5 vezes, e todos os seus casamentos terminaram em divórcio. Além de Judson e Orson Welles, com quem teve uma filha, Rebecca, Rita casou-se pela terceira vez com o príncipe Aly Khan, com quem teve a princesa Yasmin. Divorciada de Khan em 1953, casou-se com o cantor Dick Haymes, pela quarta vez, mas seu casamento durou apenas 2 anos. Após 3 anos só, em 1958, Rita casou-se com James Hill, com quem permaneceu casada por 4 anos.
Rita, certa feita comentou que o seu fracasso no amor se dava porque os homens se deitavam com Gilda e acordavam ao lado de Margarita.
Rita faleceu aos 69 anos, vítima do Mal de Alzheimer, em maio de 1987, em Nova Iorque, no apartamento de sua filha Yasmin. 

Com informações da Wikipedia
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